Translation

Aos Leitores

OBRIGADO

спасибо - Rússia
Merci - França
Thank you - Canadá e EUA
Gracias - Espanha
Obrigado - Brasil e Portugal
Tak - Dinamarca
Dank - Alemanha
Dankzij - Holanda
Díky - República Tcheca
Hvala - Croácia

IMAGENS

SUZANO (1915) Suzano PINACOTECA Pinacoteca MUSEU DA LÍNGUA PORTUGUESA museu-da-lingua-portuguesa ESTAÇÃO DA LUZ estacao-da-luz-em-sp MUSEU DO IPIRANGA o_jardim_do_museu_do_ipiranga PLANETÁRIO Planetario Ibirapuera PLANETAS planetas - planetas MAPA DO BRASIL Mapa do Brasil MAPA MUNDI Mapa Mundi

As Mulheres e a Filosofia

 texto enviado pelo Prof. Gilson de Filosofia

As Mulheres e a Filosofia

A exemplo do que ocorre em outras áreas do conhecimento, na Filosofia, as mulheres são, geralmente, relegadas a um segundo plano incômodo. Infelizmente, a Filosofia continua sendo uma área em que a atenção se volta para o ocidental europeu, masculino e branco. Isso não quer, nem de longe, dizer que as mulheres não contribuíram e contribuem para a construção do pensamento, isso é só mais uma das consequências da nossa sociedade desigual e discriminatória. Por isso, nessa efeméride do Dia Internacional das Mulheres, 08 de março, envio, abaixo, uma pequena mostra da atuação das mulheres na Filosofia, ao longo da História. São apenas indicações de vida e obra, para conhecer mais, pesquise sobre a obra e a contribuição de cada uma:
Abraço
Prof. Gilson
   Filosofia



GILDA DE MELLO E SOUZA
Gilda de Mello e Souza (São Paulo, 1919 - São Paulo, 25 de dezembro de 2005) foi uma filósofa, crítica literária, ensaísta e professora universitária brasileira.

Colaborou na produção da revista Clima, juntamente com seu futuro esposo Antonio Candido. Recebe o título de Doutora em Ciências Sociais com a defesa da tese intitulada A moda no século XIX, publicada em 1952. Em 1954 passa a ser encarregada da disciplina de Estética no Departamento de Filosofia da USP, departamento que seria dirigido por Gilda entre os anos de 1969 e 1972. Aposenta-se em 1973 e torna-se Professora Emérita da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP em 1999. Estudou especialmente a obra de Mário de Andrade.

Com Antonio Candido, teve três filhas: Ana Luísa Escorel, Laura de Mello e Souza e Marina de Mello e Souza. Gilda morreu em 25 de dezembro de 2005, aos 86 anos.

Bibliografia (crítica):
O tupi e o alaúde: uma interpretação de Macunaíma, livro de referência no estudo de Macunaíma
Mário de Andrade, obra escolhida
Exercícios de leitura
Os melhores poemas de Mário de Andrade (seleção e apresentação)
O espírito das roupas: a moda no século XIX
A idéia e o figurado


MARILENA CHAUI
Marilena de Sousa Chaui (São Paulo, 4 de setembro de 1941) é uma historiadora de filosofia brasileira.

Chaui é autora de vários livros, dentre os quais destacam-se: "Repressão Sexual", "Da Realidade sem Mistérios ao Mistério do Mundo", "Brasil: Mito Fundador e Sociedade Autoritária", "Professoras na Cozinha", "Introdução à História da Filosofia", "Experiência do Pensamento", "Escritos Sobre a Universidade", "Filosofia: Volume Único", "Convite à Filosofia", "O que é Ideologia", "Política em Espinosa" , "A Nervura do Real", "Espinosa: Uma Filosofia de Liberdade", "Brasil: Mito fundador e sociedade autoritária", "Cidadania Cultural", "Simulacro e poder". Obteve o seu doutorado com uma tese sobre o filósofo Baruch de Espinosa. É reconhecida, não só pela sua produção acadêmica, mas pela participação efetiva no contexto do pensamento e da política brasileira. Já foi secretária municipal da Cultura na cidade de São Paulo durante o mandato da ex-prefeita Luiza Erundina (1988-1992).

A obra escrita, caracterizada pelo didatismo, obtém um sucesso apreciável. O best-seller "O que é Ideologia" (Ed. Brasiliense, Coleção Primeiros Passos) já vendeu mais de cem mil exemplares [1] bastante acima da média de vendas dos livros no Brasil.

Obras:
Repressão Sexual
Da Realidade sem Mistérios ao Mistério do Mundo
Brasil: Mito Fundador e Sociedade Autoritária
Professoras na Cozinha
Introdução à História da Filosofia
Experiência do Pensamento
Escritos Sobre a Universidade
Filosofia: Volume Único
Convite à Filosofia
O que é Ideologia
Política em Espinosa
A Nervura do Real
Espinosa: Uma Filosofia de Liberdade
Brasil: Mito fundador e sociedade autoritária'
Cidadania Cultural", "Simulacro e poder


OLGÁRIA MATOS
Possui graduação em Filosofia pela Universidade de São Paulo (1970), mestrado em Filosofia - Université Paris 1 (Panthéon-Sorbonne) (1974) e doutorado em Filosofia pela Universidade de São Paulo (1985). Olgária Chain Feres Matos é professora titular da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), sendo a criadora e coordenadora do seu curso de Filosofia. Antes disso foi professora titular de Teoria das Ciências Humanas no Departamento de Filosofia da Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, aposentando-se em 2005. É estudiosa da Escola de Frankfurt.

PUBLICAÇÕES - Alguns dos principais trabalhos publicados:

1. MATOS, O. C. F. Contemporaneidades. 1. ed. São Paulo: Editora Lazuli, 2009.
2. MATOS, O. C. F. . Adivinhas do tempo: êxtase e revolução. São Paulo: Hucitec, 2008.
3. MATOS, O. C. F. Discretas Esperanças: reflexões filosóficas sobre o mundo contemporâneo.. 1. ed. São Paulo: Nova Alexandria, 2006.
4. MATOS, O. C. F. Filosofia: a polifonia da razão. 3. ed. São Paulo: Scipioni, 1999.
5. MATOS, O. C. F. O iluminismo visionário: W. Benjamin, leitor de Descartes e Kant. 2. ed. São Paulo: Editora Brasiliense, 1999.
6. MATOS, O. C. F. Vestígios: escritos de filosofia e crítica social. 1. ed. São Paulo: Palas Athenas, 1998.
7. MATOS, O. C. F. História viajante: notações filosóficas. São Paulo: Studio Nobel, 1997.
8. MATOS, O. C. F. Os arcanos do inteiramente outro: A Escola de Frankfurt, a melancolia, a revolução. 2. ed. São Paulo: Editora Brasiliense, 1995.
9. MATOS, O. C. F. A Escola de Frankfurt - Sombras e Luzes do Iluminismo. 3. ed. São Paulo: Editora Moderna, 1995.
10. MATOS, O. C. F. O iluminismo visionário: W. Benjamin, leitor de Descartes e Kant. 1. ed. São Paulo: Editora Brasiliense, 1993.
11. MATOS, O. C. F. A Escola de Frankfurt - Sombras e Luzes do Iluminismo. 1. ed. São Paulo: Editora Moderna, 1993.
12. MATOS, O. C. F. Cultura e Administração. Rio de Janeiro: MEC / Secretaria da Cultura / FUNARTE, 1985.
13. MATOS, O. C. F. Os arcanos do inteiramente outro: A Escola de Frankfurt, a melancolia, a revolução. 1. ed. São Paulo: Brasiliense, 1984.
14. MATOS, O. C. F. Paris, 1968: As barricadas do desejo. 1. ed. São Paulo: Editora Brasiliense, 1981.
15. MATOS, O. C. F. Rousseau - uma arqueologia da desigualdade. 1. ed. São Paulo: MG Editores Associados, 1978.


MÁRCIA TIBURI
Marcia Angelita Tiburi (Vacaria, 6 de abril de 1970) é uma artista plástica, professora de Filosofia e escritora brasileira.

Seus principais temas são ética, estética e filosofia do conhecimento. Publicou livros de filosofia, entre eles a antologia As Mulheres e a Filosofia e O Corpo Torturado, além de Uma outra história da razão. Pela editora Escritos publicou, em co-autoria, Diálogo sobre o Corpo, em 2004, e individualmente Filosofia Cinza - a melancolia e o corpo nas dobras da escrita. Em 2005 publicou Metamorfoses do Conceito e o primeiro romance da série Trilogia Íntima, Magnólia, que foi finalista do Prêmio Jabuti em 2006. No mesmo ano lançou o segundo volume A Mulher de Costas. Escreve também para jornais e revistas especializados assim como para a grande imprensa.

Livros:
TIBURI, M. A. . Filosofia em Comum - Para ler junto. 1. ed. Rio de Janeiro: Record, 2008. v. 1. 186 p.
TIBURI, M. A. . A Mulher de Costas - Trilogia Íntima Vol. 2 (romance). Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2006. v. 1. 160 p.
TIBURI, M. A. . METAMORFOSES DO CONCEITO - ÉTICA E DIALÉTICA NEGATIVA EM THEODOR ADORNO. 1. ed. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2005. v. 1. 272 p.
TIBURI, M. A. . Magnólia. - Trilogia Íntima Vol. 1 (romance).  Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2005.
TIBURI, M. A. ; KEIL, Ivete . DIÁLOGO SOBRE O CORPO. 1. ed. Porto Alegre: Escritos, 2004. v. 1. 192 p.

 

YARA FRATESCHI

Yara Frateschi possui graduação (1997), mestrado (1999), doutorado (2003) e pós-doutorado (2004) em Filosofia pela Universidade de São Paulo. Pesquisadora visitante na Columbia University (2000) e na ENS de Paris (2006). Pesquisadora do Projeto Temático (Fapesp) A “Filosofia de Aristóteles” desde 2006. É autora de A Física da Política: Hobbes contra Aristóteles, bem como de artigos e capítulos de livros sobre Aristóteles, Thomas Hobbes, John Locke e Hannah Arendt. Atualmente desenvolve pesquisa sobre teorias do direito natural e é professora de Ética e Filosofia Política no Departamento de Filosofia do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Estadual de Campinas, IFCH-UNICAMP desde 2004.

Publicação:
FRATESCHI, Y. A. . A Física da Política: Hobbes contra Aristóteles. 1. ed. Campinas: Editora da UNICAMP, 2008. v. 1. 171 p
FRATESCHI, Y. A. . John Locke: Estado e Resistência. In: Ronaldo Porto Macedo. (Org.). Curso de Filosofia Política. 1 ed. São Paulo: Editora Atlas, 2008, v. 1, p. 291-306.
FRATESCHI, Y. A. . Estado e Direito em Hobbes. In: Ronaldo Porto Macedo. (Org.). Curso de Filosofia Política. São Paulo: EDitora Atlas, 2008, v. 1, p. 323-339.
FRATESCHI, Y. A. . Revolução científica, mecanicismo e método. In: Ronaldo Porto Macedo. (Org.). Curso de Filosofia Política. 1 ed. São Paulo: Ed. Atlas, 2008, v. 1, p. 261-276.
FRATESCHI, Y. A. . Hobbes: a instituição do Estado. In: Vinicius Berlendis Figueiredo. (Org.). Filósofos na sala de aula vol.2. 1 ed. São Paulo: Editora Berlendis, 2007, v. 2, p. 46-76.
FRATESCHI, Y. A. . Aristóteles e o Direito Natural. In: Daniel Tourinho Peres. (Org.). Justiça, Virtude e Democracia. 1 ed. Salvador: Quarteto Editora, 2006, v. 1, p. 303-319


Viviane Mosé
É capixaba e vive no Rio desde 1992. É psicóloga e psicanalista, especialista em “Elaboração e implementação de políticas públicas” pela Universidade Federal do Espírito Santo. Mestra e doutora em filosofia pelo Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro. É autora do livro Stela do Patrocínio -Reino dos bichos e dos animais é o meu nome, publicado pela Azougue Editorial e indicado ao prêmio Jabuti de 2002, na categoria psicologia e educação. Organizou, junto com Chaim Katz e Daniel Kupermam, o livro Beleza, feiúra e psicanálise (Contracapa, 2004). Participou da coletânea de artigos filosóficos, Assim Falou Nietzsche (Sette Letras, UFOP, 1999). Publicou em 2005, sua tese de doutorado, Nietzsche e a grande política da linguagem, pela editora Civilização Brasileira. Escreveu e apresentou, em 2005 e 2006, o quadro Ser ou não ser, no Fantástico, onde trazia temas de filosofia para uma linguagem cotidiana.

Livros:
Nietzsche e a grande política da linguagem (Editora Civilização Brasileira, 2005)
Beleza, feiúra e psicanálise (Contracapa, 2004).
Stela do Patrocínio - Reino dos bichos e dos animais é o meu nome. (Azougue Editorial, 2002)
Assim Falou Nietzsche (Sette Letras, UFOP, 1999).

 Aspásia de Mileto (470-410 a C)
Nascida em Mileto, pertenceu ao círculo da elite de Atenas onde conhece Péricles e com ele tem um filho. Como sofista da época, Aspásia também nada escreveu, e os relatos de sua habilidade como argumentadora e educadora, bem como sua influência política sobre Péricles encontram-se na obra de Platão.

Maria, a judia, ou Miriam (séc. I d C)
Viveu em Alexandria, seguidora do culto de Isis é considerada como a fundadora da alquimia. Entre seus escritos está o livro de Magia Prática.

Hipácia de Alexandria (415 d C)
Cultivou superiormente as matemáticas e a filosofia. Manteve viva a chama do pensamento helênico de raiz ateniense numa Alexandria dilacerada pelas lutas religiosas. Foi brutalmente assassinada por uma multidão de fanáticos cristãos.

Hildegarda de Bigen (1098-1179)
Conhecida como terapeuta e visionária.
Vasta obra de ciência natural sobre biologia e botânica, astronomia e medicina.
Fundou um monastério em 1165, seus escritos místicos e teológicos filosóficos são de inspiração platônica.

Eloísa de Paráclito (1101-1164)
Francesa, foi abadessa do convento de Paráclito, uma comunidade monástica fundada pelo filósofo Pedro Abelardo, seu professor e amante. A longa correspondência dos dois documenta a paixão e o debate que nutriam ao longo da vida (Correspondências ou Epístolas). Também escreveu um texto chamado “Problemata”

Catalina de Siena (1347-1380)
Liderou uma comunidade heterodoxa de homens e mulheres, sendo considerada a última reformadora religiosa do período medieval. Escreveu “Diálogo da Doutrina Divina”

Cristina de Pizan (1365-1431)
Considerada a primeira autora profissional. Sua obra mais famosa foi escrita em 1405, “A Cidade das Mulheres”. Questiona a autoridade masculina dos grandes pensadores e poetas que contribuíram para a tradição misógina  e decide fazer frente às acusações e insultos contra as mulheres.

Louise Labé (1524-1566)
Francesa erudita, literata e música. Obras: “Sonetos”, “Debate entre a Loucura e o Amor”. Na dedicatória deste livro escreve uma espécie de manifesto das reivindicações femininas: o direito das mulheres à ciência e outros conhecimentos.

Mary Astell (1666-1731)
Uma pensadora que unificou suas convicções filosóficas e religiosas em uma visão feminista. Inovou o campo moral e pedagógico de sua época.
Obras: “A Serious Proposal to the Ladies for the Advancement of their true and greater Interests” e “By a lover of her Sex”.

Mary Wollstonecraft (1759- 1797)
Escreveu seu primeiro livro em 1787, “Pensamentos sobre a Educação das Filhas”, onde se percebe a influência de Locke e Rousseau.
Em 1790 escreve a “Reivindicação dos Direitos dos Homens” e, em 1792, sua obra mais importante, um tratado político-filosófico intitulado “A Reivindicação dos Direitos das Mulheres”.

Olímpia de Gouges (1748-1793)
 São mais de quatro mil páginas de escritos revolucionários, peças de teatro, panfletos, novelas, sátiras, utopias e filosofia. Foi presa por questionar a escravidão dos negros; tomou posições em favor dos direitos da mulher (divórcio, maternidade, educação e liberdade religiosa) e defendeu oprimidos e humilhados com tal dedicação será condenada à guilhotina, em 1793. De suas obras destacam-se: “Memórias de Mme. De Valmont”, “Carta ao Povo”, “Os Direitos da Mulher e Cidadã”.

Rosa de Luxemburgo (1871-1919)
Publicava, em Paris, o Jornal A Causa Operária, em 1906. Participou sempre à esquerda das atividades do Partido Social Democrata Polonês e do III Congresso da Internacional Socialista. Foi presa diversas vezes. Em 1919 é assassinada pela polícia em uma prisão alemã.
Obras: “Acumulação do Capital”, “Contribuição para a explicação do Imperialismo”, “Militarismo, guerra e classe operária”, “A revolução Russa.”

Lou Andreas-Salomé (1861-1937)
Em 1919 escreve seu primeiro ensaio de argumento psicológico, “O Erotismo”. Passou  então a freqüentar o debate psicanalítico e encontrou os argumento que necessitava para articular seus maiores interesses: a arte, a religião e a experiência amorosa como pode se verificar em sua obra: “Reflexões sobre o problema do amor”, “Religião e Cultura”, “Jesus, o judeu”, “Meu agradecimento a Freud”.

Edith Stein (1891-1942)
Lecionava na Universidade de Gottinger. E 1915 presta serviço a Cruz Vermelha.Em 1925 dedica-se a uma intensa atividade, traduzindo obras de São Tomás de Aquino e Newman e publicando “Sobre o Estado e a Fenomenologia de Husserl”. Interessou-se pela questão feminina no campo filosófico e religioso, publicando “Ethos” das profissões das mulheres. Morreu em 1942 em Auschwitz numa câmara de gás.

Maria Zambrano (1904-1991)
Em 1936 faz parte de um grupo de intelectuais que com missões pedagógicas, iniciam uma experiência de educação popular. A relação entre poesia e filosofia, o mito e a razão, a paixão e o intelecto, a obra e a ação, o papel dos intelectuais e o sentido da história parecem ser as principais preocupações de Maria Zambrano.

Hannah Arendt (1906-1975)
Conhecida como a pensadora da liberdade, Hannah Arendt viveu as grandes transformações do poder político do século 20. Estudou a formação dos regimes autoritários (totalitários) instalados nesse período - o nazismo e o comunismo - e defendeu os direitos individuais e a família, contra as "sociedades de massas" e os crimes contra a pessoa. Sua obra é fundamental para entender e refletir sobre os tempos atuais, dilacerados por guerras localizadas e nacionalismos. Para ela, compreender significava enfrentar sem preconceitos a realidade, e resistir a ela, sem procurar explicações em antecedentes históricos. A partir de “As origens do Totalitarismo”,  inicia uma reflexão dos acontecimentos de sua época; pensa de um modo novo a política e critica a tradição filosófica  de seu tempo e seus contemporâneos.
Obras: “A condição Humana”, “Entre o passado e o futuro”, “Crises da República”, “Eichmann em Jerusalém”, “A banalidade do mal”, “A vida do Espírito. O pensar, o querer e o julgar”

Simone de Beauvoir (1908-1986)
Representante do Existencialismo. Colaboradora da Revista Tempos Modernos. Nas décadas de 50 e 60 viajou pelo mundo debatendo sua produção filosófica, com grupos políticos e feministas. O “Segundo Sexo”, obra sobre a condição feminina, transformou-se em ícone do movimento feminista. Escreveu também: “Por uma moral da ambiguidade”, “A força das coisas” e “Balanço final”, entre outros.

Simone Weil (1909-1943)
Foi professora mas, seguindo seu impulso político, decidiu fazer parte da classe operária. Seus textos refletem suas experiências e suas intuições, bem como seu percurso pelo marxismo até a religião. Obras: “Reflexões sobre as Causas da liberdade e da opressão social”, “Reflexões sobre a Origem do Hitlerismo”, etc.

Ângela Davis (1944 - )
Professara e Filósofa socialista estado-unidense, que alcançou notoriedade mundial na década de 1970 como integrante do Partido Comunista dos Estados Unidos, dos Panteras Negras, por sua militância pelos direitos das mulheres e contra a discriminação social e racial nos Estados Unidos e por ser personagem de um dos mais polêmicos e famosos julgamentos criminais da recente história americana. Ativista radical dos anos 70 no movimento político Black Power -  os Panteras Negras. Debate os conceitos de liberdade e liberação, bem como a reflexão sobre o sexismo e racismo,  ao lado da classe e o poder. Seus escritos trazem um pensamento transformador para a reflexão filosófica no século XX.

Fontes:
As Mulheres e a Filosofia”, Ana Miriam Wuensch, Apostila do Curso de Extensão “As Mulheres e a Filosofia III – Existem Filósofas?”, CESPE, Universidade de Brasília, 2003  

Nenhum comentário:

Pensamento do Dia

" Milagres acontecem quando a gente vai à luta"
(Poeta Sérgio Vaz)


"Viver é como andar de bicicleta: É preciso estar em constante movimento para manter o equilíbrio"

(Albert Einsten)


Seguidores