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A Origem Filosófica das Ciências Ocidentais

texto enviado pelo Prof. Gilson de Filosofia

TEXTO PARA CONCLUSÃO DA ATIVIDADE SOLICITADA PELO PROFESSOR GILSON DE FILOSOFIA



Scientific American Brasil

A Origem Filosófica das Ciências Ocidentais

Não há verdadeira evolução do conhecimento sem o pensamento e a reflexão

            Que as nossas ciências nasceram com os antigos gregos, parece um fato estabelecido. Mas, o que pouca gente sabe é que elas tiveram sua origem e desenvolvimento no seio das primeiras escolas filosóficas (entre os séculos VI e V a. C.). Assim, mesmo trazendo elementos herdados do Oriente (Egito, Caldéia...), as ciências surgidas no Ocidente trazem a marca do espírito crítico e especulativo dos filósofos - os responsáveis, no campo do saber, pelo  movimento de ruptura com o mundo mágico-religioso e seus “mestres da verdade”. De início, é mesmo difícil dizer onde termina a filosofia e onde começa a ciência, embora Aristóteles tenha procurado diferenciar as ciências “teoréticas” (as dos princípios e das causas, tal como a filosofia) das ciências “práticas” (ligadas à experiência e com fins mais utilitários). De qualquer forma, ainda não se pode falar, nesta época, de uma ciência experimental – tal como hoje a concebemos.

            De fato, será preciso chegar ao século XVI (ou mesmo ao XVII) para que as ciências assumam definitivamente sua orientação prática, amparada na experimentação. Galileu – símbolo da ciência moderna – será responsável (juntamente com o filósofo Descartes) por lançar as bases deste novo saber. De certa forma, embora estas novas ciências sejam mais autônomas que as antigas, elas permanecerão herdeiras conceituais da filosofia. Sem dúvida, muitos estudiosos defendem a tese de que a “razão ocidental” é uma invenção dos gregos. Correta ou não, a questão é que as ciências realmente receberam seus princípios e fundamentos da filosofia – e isto abrange desde a noção de verdade, como coisa em si absoluta, até os seus métodos de investigação (é preciso lembrar que a indução e a dedução já eram objetos de análise da filosofia antiga).

            Mas, é claro que- desde meados do século XIX, com o positivismo – a filosofia já não ocupa mais o seu posto de ciência maior e mais geral, de grande sistematizadora do saber. A crescente aversão à metafísica e a redução equivocada da filosofia a um mero saber técnico e formal (obra de muitos lógicos e linguistas) acabou levando a um enfraquecimento de sua natureza crítica e criadora. Mas, ainda assim ela teve um papel considerável na formação do solo epistêmico do século XX (atestado pela teoria quântica e pela relatividade). Em suma, a filosofia é, e continuará sendo, a ciência que elabora os conceitos e que reflete criticamente acerca do mundo e do próprio conhecimento; uma ciência que opera essencialmente com os fundamentos do saber em geral. Teórica por natureza, nem por isso ela deixa de ter um fim prático – que, neste caso, está relacionado à transformação da própria realidade.  Não há verdadeira evolução do conhecimento sem o pensamento e a reflexão (já que, longe disso, todo saber corre o risco de se dogmatizar).

            De qualquer modo, quem sofre com tais atitudes são os próprios saberes que, além de se perderem nessa excessiva fragmentação, ainda enfraquecem aquela que sempre foi a sua maior aliada na luta contra o “pensamento religioso” (que costuma infiltrar-se tanto na filosofia quanto nas próprias ciências) e contra os interesses que, só na aparência, estão trabalhando em prol da vida e do progresso humano.

Regina Schöpke - É Doutora em Filosofia pela UNICAMP (2007), Pós-Doutora em Filosofia pela UNICAMP (2010), Mestra em Filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1999) e Mestra em História Medieval pela Universidade Federal Fluminense (1996).

Fonte: Scientific American Brasil – www.sciam.com.br

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